Bicicletários Imaginários: 2015

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Um pulinho ali no Uruguay...

...Um maravilhoso pedal entre amigos, em outubro passado.

[Foto: Raquel Ramos]

Buenas. Iniciei a viagem assim: mal montei a Ísis e já a estacionei em local proibido, na Aduana, na fronteira do Uruguay.


A nossa primeira parada foi em La Coronilla, onde almoçamos, passeamos e compramos mantimentos para os outros dias.



Percebi que as casas e veículos são bastante simples, mas todos os animais que vi, são muito bem tratados. Muitos cachorrões e cavalos gordos pelas ruas. As pessoas são saudáveis e muito simpáticas. Uma cultura com outros valores... [para refletir...]




 A praia estava deserta, pois estávamos em dias ainda frios, mas apreciamos bastante a beleza do lugar.



Chegamos em nosso pouso, na Fortaleza de Santa Teresa.




Me estabeleci, com um grupo, na Playa Las Achiras [8km da faixa], em cabanas bem aconchegantes. Imagino que este lugar deva ser ainda mais mágico no verão... O dia terminou e nos reunimos em uma das cabanas para jantarmos e festejarmos juntos, sem fotos de bicicletários... heheheheh.




Na manhã seguinte, tomamos um maravilhoso café, aguardamos a chuva passar um pouco e fomos visitar o Invernáculo da Fortaleza de Santa Teresa. Lá as plantas são muito bem tratadas, pois toca o dia inteiro músicas clássicas!!! No momento desta foto, estava tocando Vivaldi!!!


[Não posso deixar de citar que éramos brindados com a companhia de "lindos, leves e soltos" alces, enquanto percorríamos as estradas da Fortaleza!!! Cena muito inusitada para mim. Não esperava!]


   
Seguimos a estrada depois da Fortaleza e chegamos em Punta El Diablo. Almoçamos por lá e visitamos toda a cidade pedalando na chuva. No final do dia, retornamos para as nossas Achiras. Depois de um belo banho, uma conversa bacana na volta da lareira, rolou outra noite festiva, [também sem fotos de bicicletários]!!! Na manhã seguinte, passamos no Chuy para fazer umas compras e almoçar. Na sequência, retornamos para Porto Alegre - RS.



Embora não tenha fotografado bicicletários reais, eles existem por toda parte, pois a população usa bastante as bicicletas como meio de transporte e em sua maioria são antigas. Vale ressaltar que é muito tranquilo pedalar no Uruguay, pois há um respeito muito grande dos motoristas aos ciclistas. Acredito até que é muito além dos meios de transporte: as pessoas respeitam as pessoas. Simples assim.

 [Foto: Gilson Wingist -Fotógrafo da página Porto Alegre de Bike]

...E, "para variar", fiquei com aquela forte vontade de retornar com mais tempo e ver tudo com mais calma. Enfim, a viagem foi muito bacana!!! Percorremos pedalando uns 90km [não pedalamos muito, pois estava chovendo].





Resumidamente: 1 feriadão + 1 ônibus + 29 Amigos [gente bonita e querida] + bicicletas + cabanas + animação + muita boa vontade + muito amor = AMO MUITO TUDO ISSO!!! Só tenho que agradecer!!! GRATIDÃO aos AMIGOS!!! GRATIDÃO à VIDA!!! GRATIDÃO ao UNIVERSO!!! ^_^ <3 <3 <3


 [Foto: Gilson Wingist -Fotógrafo da página Porto Alegre de Bike]

 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Esqueci de dizer...

...que o bicicletário do Shopping Bourbon Country tinha mudado de lugar!!! Antes ficava do lado da Avenida João Wallig, agora fica do outro lado, na Rua Thadeu Onar, Porto Alegre-RS.


 Essa rede de supermercados [Zaffari-Bourbon] padronizou os seus bicicletários. 


No início eu os achei exagerados, pois são feitos de tubos largos e que não tem como prender com qualquer cadeado. Por exemplo, o meu U-Lock, de segredo, não possui envergadura para abraçar o tubo do bicicletário, por isso que sempre carrego uma corrente junto.


Bom, no final, aprendi a gostar deles, pois, além de bicicletário, também os uso para sentar: me acomodo para fotografar, acessar a internet e publicar no instagram. ^_^

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Na volta do salão de beleza...

...eu e a Frida sempre damos uma parada na Praça Alfred Sehbe, no Bairro Vila Ipiranga.


A praça é bastante arborizada e bem aproveitada pela comunidade, pelas pessoas que frequentam as entidades vizinhas, pois sempre tem uma roda de música com alegres senhoras e senhores da terceira idade; risos, correria e brincadeiras com crianças; jovens e adultos fazendo exercícios físicos, ou passeando com seus animais de estimação...


Pesquisei sobre o Senhor Alfred Sehbe, mas não encontrei nada consistente sobre sua pessoa. Existe um busto dele na praça, mas sua placa foi furtada...

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Realizando sonhos na fonte...

...A SAMARITANA, na Praça da Alfândega.



São anos rodeando o Monumento e Fonte "A Samaritana": por sua beleza, por sua linda história e por representar o símbolo do meu signo solar de aquário. Mas devo admitir que tinha medo de sacar a câmera fotográfica e clicar, por receio de sofrer alguma violência decorrente a um assalto, pois na sua volta sempre teve aquele "ar" latente de insegurança. Infelizmente é isso que ocorre quando os monumentos são abandonados, esquecidos... Ok, este foi o primeiro sonho!!!


O segundo foi mergulhar numa piscina de bolinhas coloridas!!! Quer situação mais revitalizante para um lugar, do que trazer a alegria de uma criança??? Não existe melhor!!! Foi isso que meu querido amigo Sandro Ka fez, em seu belíssimo trabalho do Curso de Mestrado em Artes Visuais, pela PPGA/UFRGS. Encheu a nossa Fonte da Samaritana de bolinhas coloridas!!! Realizou sonhos de vários adultos que ali passavam e trouxe de volta a nossa camponesa com o cântaro!!! Mesmo que este tenha sido um momento efêmero, nos fez pensar...  Ah, e que bicicletário imaginário!!! Até a minha bicicleta Sarah entrou na piscina da Alfândega para conferir!!! #piscinadaalfandega


Entrou, se emocionou...


...e se esparramou!!!hehehehehe :D

Parabéns Sandro Ka, por  este lindo incentivo à Cultura, à valorização dos nossos patrimônios, ao AMOR pela cidade e à ARTE!!! Gratidão!!! ADOROOOO!!! :D

Saiba um pouco mais sobre a estátua A Samaritana...

Primeiramente, A Samaritana foi realizada em 1925, pelo Artista Alfred Adloff, e foi instalada no espelho d'água da Praça Montevidéu, em frente a Prefeitura de Porto Alegre-RS. Ela é o retrato modelado "a figura de uma robusta camponesa, com feições nitidamente germânicas" (Arnoldo Doberstein, 2002). Ela seria apenas conhecida como a "Camponesa com o cântaro", mas devido a uma crônica de Leo Arruda, no Correio do Povo, ela foi  chamada de "A Samaritana com Ânfora", nome que ficou. Em 22 de dezembro de 1936, o então Deputado Federal e futuro Prefeito da Capital em duas oportunidades, José Loureiro da Silva, incluiu a estátua em um de seus discursos: "À frente da grande massa arquitetônica da Prefeitura de Porto Alegre, na vigília impassível e inofensiva, dos seus leões de mármore, existia, há pouco, [...] uma samaritana cansativa que, cansada talvez de sua postura bíblica, tirara do ombro o cântaro modesto da Samaria. A água dele corria, se espairava leve na bacia de granito sobre a lombada córnea de pacatos cágados que davam uma nota de graça e encanto à fonte simples[...]. " Em 1935, o conjunto foi translado para a Praça da Alfândega, com o objetivo de dar lugar à Fonte de Talavera. Em processo de deterioração, ela foi retirada em 2002 e foi substituída por uma cópia da mesma.

[Fonte do livro do meu querido professor: Alves, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre.]




sexta-feira, 24 de julho de 2015

Nós no site Bike é Legal!!!

Belíssima publicação do nosso querido amigo Daniel Ayala, sobre o nosso trabalho!!! Amamos!!! Gratidão!!! :D

 Clique na imagem, ou no título a seguir e confira: 
"Projeto 'Bicicletários Imaginários' usa a fotografia para protestar", por Daniel Ayala

http://bikeelegal.com/noticia/3168/projeto-bicicletarios-imaginarios-usa-a-fotografia-para-protestar
iel Ayala - See more at: http://bikeelegal.com/noticia/3168/projeto-bicicletarios-imaginarios-usa-a-fotografia-para-protestar#sthash.lzSkq6z4.dpuf


A integração entre o ciclista e seu meio é mágica! Ela nasce com o sabor das pedaladas, com a contemplação do que está em sua volta, com o vento que abraça seu rosto, com a praticidade, com o exercício físico, e com muitas outras coisas. Tudo isso, o conecta de forma singular com o mundo.
No entanto, as facilidades, virtudes e sensações que a bike oferece, “esbarram”, vez por outra, numa questão: onde estacioná-la? Em certas cidades como São Paulo, encontra-se legislação voltada à construção de bicicletários. Porém, ela nem sempre é respeitada.
Pelo país, existem também muitos estabelecimentos públicos e privados que já destinam parte do seu espaço para os ciclistas estacionarem suas “magrelas”.
Ainda assim, parar a bicicleta com segurança e conforto está longe de ser algo fácil em muitos locais!
Nesse sentido, trago aqui um pouco da história da ciclista e artista visual Janaísa Cardoso (Ísa), que, diante da falta de locais para estacionar sua bicicleta, teve que partir para o uso da imaginação, algo que muitos ciclistas têm recorrido para lidar com a insuficiência de infraestrutura voltada às bikes.
“Em maio de 2012, fui de bicicleta a um shopping que havia sido inaugurado em Porto Alegre. Achei que haveria um bicicletário, mas, ao chegar ao local, e constatei que não havia bicicletário. Diante disso, no estacionamento, peguei meu cadeado e amarrei as rodas da bike juntamente com o quadro. Tirei uma foto e publiquei no Facebook. Uma amiga jornalista me perguntou se a foto tinha uma boa resolução, pois poderia virar uma reportagem no jornal local. Enviei a foto. A partir daí, comecei a me questionar: o que poderia fazer, diante do fato ocorrido? O que era aquele “estacionamento de bicicleta” que na realidade não existia? Dessa forma, surgiu o site bicicletariosimaginarios.com.br, que junta meu amor pelas bicicletas e pela fotografia. Sempre onde eu estaciono minhas bicicletas, fotografo e realizo uma postagem no site. Trata-se de uma maneira de protestar quanto à falta de bicicletários e paraciclos na cidade”.
(...) Meus amigos também começaram a ter vontade de publicar fotos de seus "Bicicletários Imaginários", e então, a página foi crescendo ainda mais (...).
Ísa explicou em detalhes a essência do site que criou:
“Bicicletários” é onde paramos e guardamos os veículos movidos por nossa própria força motora. (...) sem aquela armadura de toneladas de ferro, que nos aprisiona em uma mentalidade deturpada de possuir um "poder sobrenatural", sobre a vida do outro. Somos mais humanos. “Imaginários” refere-se ao olhar pensante que recria possibilidades para uma vida melhor. “Imaginários” é a busca de uma "nova vista" a tudo que nos cerca. É transformar uma realidade cinza em uma pintura colorida. Poetizar lugares que seriam irrelevantes, se não estivéssemos tão integrados por onde passamos. É viver o momento presente. “Imaginários” é um exercício de bons pensamentos”.
Nitidamente, ao me deparar com a referida página, notei a reflexão que a mesma trás. Encontrei lindas fotografias de bicicletas que estão estacionadas, de maneira improvisada, e que trazem ao mesmo, crítica e beleza.
Além de fazer belas fotos, Ísa também busca, sempre que possível, personalizar suas “magrelas”:
“Com tudo isso, fui imaginando bicicletas, escolhendo quadros, peças, cores e demais detalhes. Fui atrás de quem pudesse montá-las. No momento, possuo seis bicicletas, cada uma com uma personalidade: Kamel, Sarah, Frida, Ísis, Anaís e Guadalupe. Dessa forma, uni meu amor pelas bicicletas e pela Arte”, enfatizou a cicloartista.
O trabalho de Ísa não fica apenas limitado ao mundo virtual. Ele atinge outros caminhos e se depender dela, suas pedaladas artísticas irão cada vez mais longe:
“Já fiz exposições individuais de minhas fotos na Câmara de Vereadores de Porto Alegre e na Universidade Luterana do Brasil. Expus uma das minhas bicicletas no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, em uma exposição coletiva. Este ano realizarei residências universitárias: traçarei um caminho, fotografarei, chegarei à universidade, e irei expor todo material em uma galeria da cidade. Além disso, promoverei conversas com estudantes de Artes sobre o meu trabalho. Iniciarei este projeto em setembro, na Universidade Federal do Rio Grande/RS (FURG). Irei ainda realizar uma exposição no Espaço N, que é a galeria de Arte da Professora Doutora em Arte, Claudia Paim. Pretendo fazer o mesmo em outros Estados, sem limites, conforme o vento me levar”, finalizou a ciclista.
Bem Ísa, parabéns pelo trabalho! Espero que os ventos a levem para onde sua imaginação desejar!
- See more at: http://bikeelegal.com/noticia/3168/projeto-bicicletarios-imaginarios-usa-a-fotografia-para-protestar#sthash.lzSkq6z4.dpuf


A integração entre o ciclista e seu meio é mágica! Ela nasce com o sabor das pedaladas, com a contemplação do que está em sua volta, com o vento que abraça seu rosto, com a praticidade, com o exercício físico, e com muitas outras coisas. Tudo isso, o conecta de forma singular com o mundo.
No entanto, as facilidades, virtudes e sensações que a bike oferece, “esbarram”, vez por outra, numa questão: onde estacioná-la? Em certas cidades como São Paulo, encontra-se legislação voltada à construção de bicicletários. Porém, ela nem sempre é respeitada.
Pelo país, existem também muitos estabelecimentos públicos e privados que já destinam parte do seu espaço para os ciclistas estacionarem suas “magrelas”.
Ainda assim, parar a bicicleta com segurança e conforto está longe de ser algo fácil em muitos locais!
Nesse sentido, trago aqui um pouco da história da ciclista e artista visual Janaísa Cardoso (Ísa), que, diante da falta de locais para estacionar sua bicicleta, teve que partir para o uso da imaginação, algo que muitos ciclistas têm recorrido para lidar com a insuficiência de infraestrutura voltada às bikes.
“Em maio de 2012, fui de bicicleta a um shopping que havia sido inaugurado em Porto Alegre. Achei que haveria um bicicletário, mas, ao chegar ao local, e constatei que não havia bicicletário. Diante disso, no estacionamento, peguei meu cadeado e amarrei as rodas da bike juntamente com o quadro. Tirei uma foto e publiquei no Facebook. Uma amiga jornalista me perguntou se a foto tinha uma boa resolução, pois poderia virar uma reportagem no jornal local. Enviei a foto. A partir daí, comecei a me questionar: o que poderia fazer, diante do fato ocorrido? O que era aquele “estacionamento de bicicleta” que na realidade não existia? Dessa forma, surgiu o site bicicletariosimaginarios.com.br, que junta meu amor pelas bicicletas e pela fotografia. Sempre onde eu estaciono minhas bicicletas, fotografo e realizo uma postagem no site. Trata-se de uma maneira de protestar quanto à falta de bicicletários e paraciclos na cidade”.
(...) Meus amigos também começaram a ter vontade de publicar fotos de seus "Bicicletários Imaginários", e então, a página foi crescendo ainda mais (...).
Ísa explicou em detalhes a essência do site que criou:
“Bicicletários” é onde paramos e guardamos os veículos movidos por nossa própria força motora. (...) sem aquela armadura de toneladas de ferro, que nos aprisiona em uma mentalidade deturpada de possuir um "poder sobrenatural", sobre a vida do outro. Somos mais humanos. “Imaginários” refere-se ao olhar pensante que recria possibilidades para uma vida melhor. “Imaginários” é a busca de uma "nova vista" a tudo que nos cerca. É transformar uma realidade cinza em uma pintura colorida. Poetizar lugares que seriam irrelevantes, se não estivéssemos tão integrados por onde passamos. É viver o momento presente. “Imaginários” é um exercício de bons pensamentos”.
Nitidamente, ao me deparar com a referida página, notei a reflexão que a mesma trás. Encontrei lindas fotografias de bicicletas que estão estacionadas, de maneira improvisada, e que trazem ao mesmo, crítica e beleza.
Além de fazer belas fotos, Ísa também busca, sempre que possível, personalizar suas “magrelas”:
“Com tudo isso, fui imaginando bicicletas, escolhendo quadros, peças, cores e demais detalhes. Fui atrás de quem pudesse montá-las. No momento, possuo seis bicicletas, cada uma com uma personalidade: Kamel, Sarah, Frida, Ísis, Anaís e Guadalupe. Dessa forma, uni meu amor pelas bicicletas e pela Arte”, enfatizou a cicloartista.
O trabalho de Ísa não fica apenas limitado ao mundo virtual. Ele atinge outros caminhos e se depender dela, suas pedaladas artísticas irão cada vez mais longe:
“Já fiz exposições individuais de minhas fotos na Câmara de Vereadores de Porto Alegre e na Universidade Luterana do Brasil. Expus uma das minhas bicicletas no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, em uma exposição coletiva. Este ano realizarei residências universitárias: traçarei um caminho, fotografarei, chegarei à universidade, e irei expor todo material em uma galeria da cidade. Além disso, promoverei conversas com estudantes de Artes sobre o meu trabalho. Iniciarei este projeto em setembro, na Universidade Federal do Rio Grande/RS (FURG). Irei ainda realizar uma exposição no Espaço N, que é a galeria de Arte da Professora Doutora em Arte, Claudia Paim. Pretendo fazer o mesmo em outros Estados, sem limites, conforme o vento me levar”, finalizou a ciclista.
Bem Ísa, parabéns pelo trabalho! Espero que os ventos a levem para onde sua imaginação desejar!
- See more at: http://bikeelegal.com/noticia/3168/projeto-bicicletarios-imaginarios-usa-a-fotografia-para-protestar#sthash.lzSkq6z4.dpuf



A integração entre o ciclista e seu meio é mágica! Ela nasce com o sabor das pedaladas, com a contemplação do que está em sua volta, com o vento que abraça seu rosto, com a praticidade, com o exercício físico, e com muitas outras coisas. Tudo isso, o conecta de forma singular com o mundo.
No entanto, as facilidades, virtudes e sensações que a bike oferece, “esbarram”, vez por outra, numa questão: onde estacioná-la? Em certas cidades como São Paulo, encontra-se legislação voltada à construção de bicicletários. Porém, ela nem sempre é respeitada.
Pelo país, existem também muitos estabelecimentos públicos e privados que já destinam parte do seu espaço para os ciclistas estacionarem suas “magrelas”.
Ainda assim, parar a bicicleta com segurança e conforto está longe de ser algo fácil em muitos locais!
Nesse sentido, trago aqui um pouco da história da ciclista e artista visual Janaísa Cardoso (Ísa), que, diante da falta de locais para estacionar sua bicicleta, teve que partir para o uso da imaginação, algo que muitos ciclistas têm recorrido para lidar com a insuficiência de infraestrutura voltada às bikes.
“Em maio de 2012, fui de bicicleta a um shopping que havia sido inaugurado em Porto Alegre. Achei que haveria um bicicletário, mas, ao chegar ao local, e constatei que não havia bicicletário. Diante disso, no estacionamento, peguei meu cadeado e amarrei as rodas da bike juntamente com o quadro. Tirei uma foto e publiquei no Facebook. Uma amiga jornalista me perguntou se a foto tinha uma boa resolução, pois poderia virar uma reportagem no jornal local. Enviei a foto. A partir daí, comecei a me questionar: o que poderia fazer, diante do fato ocorrido? O que era aquele “estacionamento de bicicleta” que na realidade não existia? Dessa forma, surgiu o site bicicletariosimaginarios.com.br, que junta meu amor pelas bicicletas e pela fotografia. Sempre onde eu estaciono minhas bicicletas, fotografo e realizo uma postagem no site. Trata-se de uma maneira de protestar quanto à falta de bicicletários e paraciclos na cidade”.
(...) Meus amigos também começaram a ter vontade de publicar fotos de seus "Bicicletários Imaginários", e então, a página foi crescendo ainda mais (...).
Ísa explicou em detalhes a essência do site que criou:
“Bicicletários” é onde paramos e guardamos os veículos movidos por nossa própria força motora. (...) sem aquela armadura de toneladas de ferro, que nos aprisiona em uma mentalidade deturpada de possuir um "poder sobrenatural", sobre a vida do outro. Somos mais humanos. “Imaginários” refere-se ao olhar pensante que recria possibilidades para uma vida melhor. “Imaginários” é a busca de uma "nova vista" a tudo que nos cerca. É transformar uma realidade cinza em uma pintura colorida. Poetizar lugares que seriam irrelevantes, se não estivéssemos tão integrados por onde passamos. É viver o momento presente. “Imaginários” é um exercício de bons pensamentos”.
Nitidamente, ao me deparar com a referida página, notei a reflexão que a mesma trás. Encontrei lindas fotografias de bicicletas que estão estacionadas, de maneira improvisada, e que trazem ao mesmo, crítica e beleza.
Além de fazer belas fotos, Ísa também busca, sempre que possível, personalizar suas “magrelas”:
“Com tudo isso, fui imaginando bicicletas, escolhendo quadros, peças, cores e demais detalhes. Fui atrás de quem pudesse montá-las. No momento, possuo seis bicicletas, cada uma com uma personalidade: Kamel, Sarah, Frida, Ísis, Anaís e Guadalupe. Dessa forma, uni meu amor pelas bicicletas e pela Arte”, enfatizou a cicloartista.
O trabalho de Ísa não fica apenas limitado ao mundo virtual. Ele atinge outros caminhos e se depender dela, suas pedaladas artísticas irão cada vez mais longe:
“Já fiz exposições individuais de minhas fotos na Câmara de Vereadores de Porto Alegre e na Universidade Luterana do Brasil. Expus uma das minhas bicicletas no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, em uma exposição coletiva. Este ano realizarei residências universitárias: traçarei um caminho, fotografarei, chegarei à universidade, e irei expor todo material em uma galeria da cidade. Além disso, promoverei conversas com estudantes de Artes sobre o meu trabalho. Iniciarei este projeto em setembro, na Universidade Federal do Rio Grande/RS (FURG). Irei ainda realizar uma exposição no Espaço N, que é a galeria de Arte da Professora Doutora em Arte, Claudia Paim. Pretendo fazer o mesmo em outros Estados, sem limites, conforme o vento me levar”, finalizou a ciclista.
Bem Ísa, parabéns pelo trabalho! Espero que os ventos a levem para onde sua imaginação desejar!
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A integração entre o ciclista e seu meio é mágica! Ela nasce com o sabor das pedaladas, com a contemplação do que está em sua volta, com o vento que abraça seu rosto, com a praticidade, com o exercício físico, e com muitas outras coisas. Tudo isso, o conecta de forma singular com o mundo.
No entanto, as facilidades, virtudes e sensações que a bike oferece, “esbarram”, vez por outra, numa questão: onde estacioná-la? Em certas cidades como São Paulo, encontra-se legislação voltada à construção de bicicletários. Porém, ela nem sempre é respeitada.
Pelo país, existem também muitos estabelecimentos públicos e privados que já destinam parte do seu espaço para os ciclistas estacionarem suas “magrelas”.
Ainda assim, parar a bicicleta com segurança e conforto está longe de ser algo fácil em muitos locais!
Nesse sentido, trago aqui um pouco da história da ciclista e artista visual Janaísa Cardoso (Ísa), que, diante da falta de locais para estacionar sua bicicleta, teve que partir para o uso da imaginação, algo que muitos ciclistas têm recorrido para lidar com a insuficiência de infraestrutura voltada às bikes.
“Em maio de 2012, fui de bicicleta a um shopping que havia sido inaugurado em Porto Alegre. Achei que haveria um bicicletário, mas, ao chegar ao local, e constatei que não havia bicicletário. Diante disso, no estacionamento, peguei meu cadeado e amarrei as rodas da bike juntamente com o quadro. Tirei uma foto e publiquei no Facebook. Uma amiga jornalista me perguntou se a foto tinha uma boa resolução, pois poderia virar uma reportagem no jornal local. Enviei a foto. A partir daí, comecei a me questionar: o que poderia fazer, diante do fato ocorrido? O que era aquele “estacionamento de bicicleta” que na realidade não existia? Dessa forma, surgiu o site bicicletariosimaginarios.com.br, que junta meu amor pelas bicicletas e pela fotografia. Sempre onde eu estaciono minhas bicicletas, fotografo e realizo uma postagem no site. Trata-se de uma maneira de protestar quanto à falta de bicicletários e paraciclos na cidade”.
(...) Meus amigos também começaram a ter vontade de publicar fotos de seus "Bicicletários Imaginários", e então, a página foi crescendo ainda mais (...).
Ísa explicou em detalhes a essência do site que criou:
“Bicicletários” é onde paramos e guardamos os veículos movidos por nossa própria força motora. (...) sem aquela armadura de toneladas de ferro, que nos aprisiona em uma mentalidade deturpada de possuir um "poder sobrenatural", sobre a vida do outro. Somos mais humanos. “Imaginários” refere-se ao olhar pensante que recria possibilidades para uma vida melhor. “Imaginários” é a busca de uma "nova vista" a tudo que nos cerca. É transformar uma realidade cinza em uma pintura colorida. Poetizar lugares que seriam irrelevantes, se não estivéssemos tão integrados por onde passamos. É viver o momento presente. “Imaginários” é um exercício de bons pensamentos”.
Nitidamente, ao me deparar com a referida página, notei a reflexão que a mesma trás. Encontrei lindas fotografias de bicicletas que estão estacionadas, de maneira improvisada, e que trazem ao mesmo, crítica e beleza.
Além de fazer belas fotos, Ísa também busca, sempre que possível, personalizar suas “magrelas”:
“Com tudo isso, fui imaginando bicicletas, escolhendo quadros, peças, cores e demais detalhes. Fui atrás de quem pudesse montá-las. No momento, possuo seis bicicletas, cada uma com uma personalidade: Kamel, Sarah, Frida, Ísis, Anaís e Guadalupe. Dessa forma, uni meu amor pelas bicicletas e pela Arte”, enfatizou a cicloartista.
O trabalho de Ísa não fica apenas limitado ao mundo virtual. Ele atinge outros caminhos e se depender dela, suas pedaladas artísticas irão cada vez mais longe:
“Já fiz exposições individuais de minhas fotos na Câmara de Vereadores de Porto Alegre e na Universidade Luterana do Brasil. Expus uma das minhas bicicletas no Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, em uma exposição coletiva. Este ano realizarei residências universitárias: traçarei um caminho, fotografarei, chegarei à universidade, e irei expor todo material em uma galeria da cidade. Além disso, promoverei conversas com estudantes de Artes sobre o meu trabalho. Iniciarei este projeto em setembro, na Universidade Federal do Rio Grande/RS (FURG). Irei ainda realizar uma exposição no Espaço N, que é a galeria de Arte da Professora Doutora em Arte, Claudia Paim. Pretendo fazer o mesmo em outros Estados, sem limites, conforme o vento me levar”, finalizou a ciclista.
Bem Ísa, parabéns pelo trabalho! Espero que os ventos a levem para onde sua imaginação desejar!
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Projeto 'Bicicletários Imaginários' usa a fotografia para protestar - See more at: http://bikeelegal.com/noticia/3168/projeto-bicicletarios-imaginarios-usa-a-fotografia-para-protestar#sthash.lzSkq6z4.dpuf

domingo, 5 de julho de 2015

A lança de Zumbi dos Palmares...

...está fincada ao solo da Praça dos Açorianos.

Em 21 de março de 1997, foi inaugurada esta Obra, intitulada Monumento a Zumbi, da Escultora Gaúcha Claudia H. Stern, em homenagem aos 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares.


Trata-se da retomada da lenda: no momento em que Zumbi foi entregue, por um companheiro, para os Bandeirantes, jogou sua lança para o céu e, esta, nunca mais foi vista...


Este belíssimo trabalho é uma referência à Liberdade... Sua lança é o ponteiro do  relógio de sol, em aço inoxidável... e para mim, também é um interessante bicicletário imaginário!!! ;)


[Sim... infelizmente, uma escultura que está toda pichada... :'( ]

Importância de Zumbi para a História do Brasil

Zumbi é símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Dias maravilhosos no Rio de Janeiro-RJ

Mal desembarquei no Aeroporto Santos Dumont e fui correndo alugar uma bicicleta... 

[Praça Salgado Filho. Escultura em mármore, intitulada "Solar Wind Surfer"
do Artista Dinamarquês, Jesper Neergard, 2001.]

 Visitei o Museu de Arte Moderna...


 [Theatro Municipal do Rio de Janeiro]

Saí pedalando em direção a Cinelândia,  para descobrir que ônibus deveria pegar para o meu Hostel... Para minha felicidade, tem ciclovia por tudo... e bicicletários também!!! Pedalei sorrindo por tudo feito uma boba, apaixonada... Também, não pude deixar de reparar a quantidade alta de policiamento nas ruas. Me senti bastante segura.
 



Consegui me localizar, peguei o ônibus com destino ao Pontal Hostel, na Praia Pontal... [Ah, observando o caminho, vi o quando nossa Porto Alegre é minúscula!!! heheheh]


Bom, lá cheguei por volta das 19h, fiz amizades... jantamos e fomos descansar... 


E na frente do Hostel não tem avenida, mas sim calçadas e ciclovia...
 

Na manhã seguinte, caminhamos pela via compartilhada com ciclistas até o Parque Municipal da Prainha. Lugar abençoado!!! Energia única!!!




No caminho, diversas bicicletas estacionadas... algumas com materiais de pesca e muitas outras com suportes geniais para carregar pranchas de surf...



No sábado, fui ver até onde eu conseguiria ir de bicicleta: percorri a orla, do pontal à Barra da Tijuca...


[De um lado a Lagoa de Mapendi, do outro, a avenida e a praia da Barra da Tijuca.Vi muitos lagartos correndo a ciclovia...]



Parei um pouco para pedir informações, beber água e comer um açaí...



Fui até a Avenida das Américas para conhecer algumas lojas... Fiz mais lindas amizades... Na sequência, peguei um ônibus para atravessar os viadutos e prossegui o caminho de bicicleta até a Urca...


...Onde encontrei um grupo super bacana, o Geotrilha RJ [indico muitoooo!!!],  que me convidou para fazer uma trilha para o Pão de Açúcar...



Devolvi a bicicleta para o terminal e me entreguei para aquele momento. Foi inesperadamente mágico!!! Foi lindo!!! Uma família de micos nos acompanhou até o final da trilha... Apreciamos a vista, nos alimentamos e descemos o Pão de Açúcar de bondinho.


Nos divertimos muito!!! Fomos até o terminal de ônibus, nos despedimos e voltei para o hostel... Na manhã seguinte: a despedida... Arrumei as malas, tomei café, peguei o ônibus com um amigo e fomos para o centro. Comemos umas bergamotas, fizemos o check in e fomos conhecer a pista do Aeroporto Santos Dumont...




Voltamos para o aeroporto para almoçar, pois não encontramos qualquer lugar aberto nas imediações. Me despedi do amigo, pois ele iria embarcar naquele momento e eu, horas depois...


Voltei faceira para a rua, peguei uma bike e fui dar uma volta no Parque do Flamengo, para me despedir...


Sobre as ciclovias? Elas são compartilhadas com as pessoas que caminham e correm. O que eu achei bem justo, pois a prioridade é do pedestre: o maior protege o menor. Me senti muito mais segura pedalando no Rio, do que sinto ao transitar em Porto Alegre.


O Cristo? O Niterói? Ateliers? Museus? Cafés? E tantos outros lugares bacanas? Pessoas? Amei tudo que vi, as pessoas maravilhosas que conheci, tudo que vivenciei! Fiquei com aquele gostinho de quero mais e aquela vontade imensa para voltar, pedalar e viver mais e mais o Rio de Janeiro...<3



[*Optei por não levar alguma das minhas bikes, pois onde reservei a hospedagem era muito longe do centro, no Pontal, lá no Recreio... não conseguiria passar nos túneis de bicicleta. Mas aprendi: da próxima vez ficarei no Bairro Santa Teresa e já comprei um mala-bike para carregar uma das minhas magrelas. ;) ]

 [Faceira durante a trilha...<3 ]