Bicicletários Imaginários: julho 2012

terça-feira, 31 de julho de 2012

Hidráulica Moinhos de Vento...

 Entre uma pedalada e outra: fotografando, pegando um sol...


...e curtindo alguns instantes do final de semana jogada na grama! Que lugar delicioso!




...Saiba um pouco mais sobre a Hidráulica Moinhos de Vento:

A Hidráulica Moinhos de Vento é um prédio histórico que encontra-se situada no tradicional bairro Moinhos de Vento.

Apesar de ainda ser designada pelo antigo nome pela população, sua denominação oficial é "Estação de Tratamento de Água Moinhos de Vento do DMAE" (Departamento Municipal de Água e Esgotos).

 
História

No ano de 1904, construiu-se a Hidráulica Guaibense (Hydráulica Guaybense na grafia da época) pela companhia privada de mesmo nome, a qual captava água do lago Guaíba e a distribuía, sem tratamento algum, para a população da cidade.

Em 1927, uma empresa norte-americana, Ulen and Company, começou a erguer o atual prédio da Hidráulica, inaugurado oficialmente no ano seguinte pelo então prefeito Alberto Bins. De arquitetura inspirada no Palácio de Versalhes e em seus jardins, o prédio ocupa um terreno de seis hectares e possui traços ecléticos positivistas. Atrás dele, estão localizados os tanques da estação.

A grande torre hidráulica foi desativada em 1969 e, durante muito tempo, sua caixa d'água conseguiu abastecer os grandes prédios da área central de Porto Alegre.

Desde 15 de dezembro de 1986, quando do aniversário de 25 anos do DMAE, a Hidráulica abriga centro cultural.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Quase no alto...

...da Rua Ramiro Barcelos [no veaduto com a Rua Vasco da Gama - Bairro Bom Fim].





...Saiba um pouco mais sobre a Rua Ramiro Barcelos:

É uma antiga Rua da Capital. Já era mencionada em documentos oficiais de 1838 como Beco do Carneiro, em função de passar junto à chácara do comerciante Antônio Gonçalves Carneiro. Então se estendia entre as atuais rua Voluntários da Pátria e a avenida Cristóvão Colombo. Um segundo trecho, entre a Estrada dos Moinhos, atual avenida Independência, e o Caminho do Meio, atual avenida Protásio Alves, foi aberto em torno de 1846.

Na mesma época, a Câmara municipal considerou a utilidade de se prolongar o Beco do Carneiro para criar uma ligação entre a Várzea e a Estrada dos Moinhos, e mandou realizar o orçamento. O espaço foi cedido por particulares gratuitamente, sendo que um deles, Joaquim Moreira Júnior, foi contratado para construir as cercas de limite e preparar o leito da passagem, que foi denominada rua Dom Afonso, em homenagem ao primogênito do imperador Dom Pedro II. Por volta de 1853, após a morte de Carneiro, seu beco já era chamado popularmente de beco da Marcela, em referência a uma negra que vivia em uma de suas esquinas.

Entre a rua Dom Afonso e o beco da Marcela persistia ainda um grande espaço de morro não aberto. A ligação entre os dois trechos aconteceu a partir de 1855, quando Maria Máxima Lourenço de Carvalho doou os terrenos intermédios. A Câmara aceitou a doação e providenciou o cercamento e arborização do trecho. Pronta no mesmo ano de 1855, a ligação foi denominada Rua da Boa Vista, e a rua Dom Afonso por determinação da Câmara passou a ser chamada de rua do Guaíba, mas os nomes não se fixaram.

Em 1866 o beco da Marcela foi alargado em vinte palmos, e em 1881 todos os três trechos já eram chamados pelo nome único de rua Dom Afonso. Após a proclamação da República, em 12 de dezembro de 1889 o nome do logradouro foi alterado para rua Ramiro Barcelos, homenageando o ilustre médico e político riograndense. Os anais do município indicam a rua em 1892 como já bastante povoada, com 108 edificações térreas, cinco assobradadas e três sobrados. Entre os anos de 1906 e 1906 o trecho entre a Praça Júlio de Castilhos e a rua Tiradentes recebeu melhoramentos, e nos anos seguintes foi calçado. O prolongamento da rua Ramiro Barcelos até a avenida Ipiranga, sua extensão atual, só foi aberto na década de 1940, quando a circulação de veículos já se fazia intensa, tornando-a uma das principais vias de ligação transversal do centro da cidade.

Atualmente a rua possui vários edifícios importantes da capital gaúcha, entre eles o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Edifício Esplanada, o Planetário Professor José Baptista Pereira e algumas unidades de ensino da UFRGS, o Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e a Igreja de Santa Teresinha.



 

domingo, 29 de julho de 2012

Cores...

...da Rua da República, Bairro Cidade Baixa.

[Ísinha com cestinha nova de vime]



...Saiba um pouco mais sobre o Bairro Cidade Baixa:

É um bairro criado pela lei 2022 de 7 de dezembro de 1959 e teve seus limites alterados pela lei 4685 de 21 de dezembro de 1979.

Histórico

Apesar das propostas de arruamento desde 1856, boa parte da Cidade Baixa permaneceu desabitada por vários anos, principalmente o trecho entre as atuais ruas Venâncio Aires e da República. Consistia em um terreno baixo e acidentado, cortado por árvores e capões, que dificultavam o trânsito e facilitavam os esconderijos, abrigando tanto escravos fugidos quanto bandidos.

A implantação das linhas de bonde de tração animal, no Caminho da Azenha (atual Avenida João Pessoa) e na Rua da Margem (atual Rua João Alfredo), contribuiu para a urbanização do local.

A partir de 1880 novas ruas foram inauguradas, como a Lopo Gonçalves e a Luiz Afonso. A atual Rua Joaquim Nabuco também foi oficialmente aberta nessa época, sendo anteriormente conhecida como Rua Venezianos pois, se presume, embora não haja comprovação, que esta sediava o famoso grupo carnavalesco com o mesmo nome. De fato, o carnaval da Cidade Baixa era reconhecido e prestigiado na época, com destaque para os coros que movimentavam as ruas.

Características atuais

Atualmente, o bairro se caracteriza pela grande quantidade de bares e é conhecido por ser o local preferido dos boêmios da cidade, principalmente nas ruas General Lima e Silva, República e João Alfredo.

Situa-se perto do Parque Farroupilha (também conhecido como "Redenção"), uma das áreas mais arborizadas da capital gaúcha. Além disso, a proximidade do campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) favorece a concentração de estudantes, intelectuais e artistas.

Pequena Miss Sunshine...

...a irmã mais nova da Kamel.


Em frente a uma confeitaria na esquina da Rua Arabutan com Avenida Paraná, Bairro São Geraldo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Na Feira de Antiguidades...

...da Praça General Daltro Filho.





O que encontra lá: brinquedos, pinturas, colecionáveis, bicicletas [neste dia não tinham bicis...], etc.

Av. Borges de Medeiros esquina com a Rua Demétrio Ribeiro.
Sábados das 10h às 16h.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Aquela passadinha...

...no banco, na Rua Sete de Setembro.


Ótimo cercadinho! E ainda mantenho o contato visual com a Kamel,
 enquanto utilizo a sala de auto-atentimento bancário.


terça-feira, 24 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Cachorro Quente...

...da República! Um dos cachorros quentes mais apreciados em Porto Alegre!


[Localizado bem na esquina: Rua da República com Lima e Silva, Bairro Cidade Baixa.]

Sempre amarro a Kamel nas grades deste canteiro, que fica ao lado do estabelecimento.

domingo, 22 de julho de 2012

Na Feira Modelo...

...no Largo Zumbi dos Palmares.


Aprendi com o amigo César, esta "técnica" de bicicletário imaginário! Adoramos!



Saiba um pouco mais sobre as Feiras Modelo:

Feiras de comercialização de hortigranjeiros, carnes, derivados de leite, frios e embutidos, onde participam cerca de 20 a 30 feirantes divididos em cerca de 90 bancas. O preço e a qualidade dos produtos são controlados pela Smic (Secretaria Municipal de Indústria e Comércio). O controle de preços é realizado por meio de pesquisas semanais de mercado, com cotação dos principais estabelecimentos do comércio varejista local e do atacado (Ceasa/RS).




sábado, 21 de julho de 2012

"A Fuga",

...obra da artista Mirian Obino [Porto Alegre, 1980] e Kamel, na Praça da Alfândega.



Voltada para a porta do MARGS [Museu de Arte do Rio Grande do Sul - Ado Malagoli] a escultura de uma mulher carregando em seus braços o que lhe é mais importante na vida: um filho. Com traços contemporâneos e formas harmoniosamente arredondadas, a obra representa a luta diária da sobrevivência e amor, onde a imagem materna carrega o seu fruto para o caminho da civilidade.

Adoramos!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Nas grades floridas...

...no Chalé da Praça XV.


É um dos mais tradicionais bares e restaurantes de Porto Alegre. Localiza-se no Centro Histórico da cidade, em frente ao Mercado Público, no meio da Praça XV de Novembro.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Minha companheira no horário do almoço!

Kamel numa lancheria do bairro Rio Branco... sem grades, sem corrimão, sem postes, sem biciletário...


Ao menos, ficamos na área dos fundos.

[Na companhia dela, descobri que posso ampliar as minhas possibilidades de lugares para almoçar e economizo tempo. Sem falar no maravilhoso exercício de pedalar! Adorooo!]


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Adoramos as caixas dos correios!

São ótimos bicicletários imaginários!



[Ainda mais com a questão da facilidade da comunicação nos dias atuais, através dos correios eletrônicos. Muito provavelmente são pouco usadas como via de coleta de correspondências].

terça-feira, 17 de julho de 2012

Florianópolis!

Que nada! Bairro Ipanema, zona sul de Porto Alegre!


Curtindo uma pedalada com a maravilhosa companhia do pessoal da PedAlegre, num domingo de inverno gaúcho. [Pelo menos, 40km percorridos]



Saiba um pouco mais sobre o Bairro Ipanema:

Ipanema é um bairro da zona sul da cidade de Porto Alegre. Foi criado pela Lei 2 022, de 7 de dezembro de 1959. O nome do bairro homenageia a praia e o bairro de Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.
 

Histórico

No início da década de 1930, o balneário Ipanema, em comparação a bairros vizinhos, como Pedra Redonda, Tristeza e Cavalhada, não passava então de uma área rural quase desabitada da capital gaúcha. O início da ocupação se deu efetivamente quando Oswaldo Coufal adquiriu um grande propriedade na área para em seguida loteá-la.

Coufal, que queria ver o local transformado em ponto turístico, adorava a cidade do Rio de Janeiro, para onde levava sua família passar as férias, e inspirou-se nela para dar nomes às ruas e ao balneário. As praias gaúchas também foram lembradas por Coufal e pelos loteadores de Ipanema: muitas delas emprestam seus nomes às ruas de Ipanema e de outros bairros da Zona Sul, entre elas Tramandaí, Cidreira, Torres, Capão da Canoa, Cassino e Atlântida.

Em 1937, ergueu-se a Igreja de Nossa Senhora Aparecida, em estilo espanhol colonial, mas o primeiro pároco desta igreja só assumiu seu posto em 1959, o que revela que Ipanema permaneceu um bairro relativamente desconhecido até então.

Em 1938, a prefeitura de Porto Alegre aprovou oficialmente os nomes de tais ruas dados por Oswaldo Coufal e pelos seus sócios.

Durante as décadas de 1950 e 1960, o Ipanema se tornou um bairro residencial de classe alta e não apenas de veraneio, como no princípio de sua história. Os moradores dessa época eram profissionais liberais bem-sucedidos da capital, como médicos e advogados.

No final da década de 1960, contudo, a balneabilidade da região, que tinha atraído até a sede campestre do Banco do Brasil, perdeu seu brilho devido à poluição ambiental. Os alagamentos e o mau cheiro do arroio Capivara não foram tratados com seriedade pelas autoridades, que somente realizou a canalização do córrego em algumas partes.

Na segunda metade da década de 1980, um projeto para a construção de um aterro em Ipanema fracassou, porque houve discordância entre moradores e a prefeitura quanto ao aumento da faixa de areia da praia. Durante a década seguinte, ocorreu, de forma trabalhosa, a retirada de bares irregularmente instalados na praia, e a prefeitura elaborou projetos paisagísticos para a região.

Em 2009, uma área do bairro Ipanema, chamada Jardim Isabel, foi reconhecida como bairro oficial da cidade.

Características atuais

Amplamente arborizado e situado à beira do lago Guaíba, o bairro Ipanema é um lugar notadamente residencial. Um calçadão e um ciclovia atraem atletas e moradores durante os dias de verão. A praia é muito utilizada para lazer pela população de baixa renda, apesar de ser considerada imprópria para o banho. Presente no bairro há décadas está o Clube do Professor Gaúcho, que proporciona opções de lazer a seus associados. Outro clube do bairro é a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).

Em 2004, o Morro do Osso, localizado no norte de Ipanema, foi ocupado por mais de vinte famílias de índios caingangues, que afirmam ser os antigos moradores do local, devido aos vestígios de um cemitério indígena. A situação continua indefinida até hoje.
 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Em um deck...

...de uma loja de móveis de madeira na Avenida Cairú
[na esquina com a Avenida Ceará].


Lindo deck de madeira! Ótimo bicicletário imaginário!

domingo, 15 de julho de 2012

No Strip tem!

Feliz encontro de um bicicletário, no Boulevard Strip Center!


É um bicicletário forte que tem espaço para 17 bicicletas!


Os melhores dias são os de pedal, os que têm flores e quando há a descoberta de um bicicletário!

sábado, 14 de julho de 2012

Casa de Cultura Mario Quintana

Na porteira ...




Saiba um pouco mais sobre a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ):

Originalmente Hotel Majestic, é um prédio histórico brasileiro e um centro cultural da cidade de Porto Alegre, um dos maiores e melhor aparelhados do Brasil.

O Hotel Majestic teve seu auge nas décadas de 1930, 1940 e 1950. Durante esse período teve como hóspedes grandes nomes da política, como os ex-presidentes Getúlio Vargas e Jango Goulart, e do mundo artístico, como Vicente Celestino, Virginia Lane e Francisco Alves. A Casa foi nomeada em homenagem a um dos maiores poetas brasileiros, Mario Quintana, nascido na cidade gaúcha de Alegrete mas que adotou Porto Alegre como sua cidade de coração. O escritor viveu no hotel entre 1968 e 1982, no apartamento 217.

Arquitetura

O prédio, projeto do arquiteto teuto-brasileiro Theodor Wiederspahn, foi o primeiro grande edifício de Porto Alegre em que se utilizou concreto armado. Concebido para ocupar os dois lados da Travessa Araújo Ribeiro, possui dois blocos interligados por grandes passarelas embasadas por arcadas e contendo terraços, sacadas e colunas. O projeto do hotel de luxo, mandado construir pelo empresário Horácio de Carvalho, foi considerado muito ousado na época, pois a idéia das passarelas suspensas sobre a via pública era inédita então.

As obras tiveram início em 1916 e, em 1918, foi concluída a primeira parte do edifício. Em 1926 foi projetada a parte leste. Ao final da obra, em 1933, o Majestic possuía sete pavimentos na ala leste e cinco na parte oeste. O desenho do prédio mistura habilmente estilos históricos, dando uma impressão de grandiosidade.

Com o tombamento em 1990, o antigo Hotel Majestic foi adaptado para tornar-se o grande centro cultural que é hoje, com locais muito agradáveis para confraternização. Os arquitetos responsáveis pela transformação interna foram Flávio Kiefer e Joel Gorski.

Espaços culturais

O prédio, pertencente ao Estado do Rio Grande do Sul, já abrigou temporariamente diversos órgãos da Secretaria da Cultura, incluindo o gabinete do Secretário e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (enquanto a sua sede esteve em reformas entre 1996 e 1998), e hoje acomoda uma ampla variedade de espaços culturais, tais como a Biblioteca Lucília Minssen, a Biblioteca Érico Veríssimo, parte do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, os Acervos Elis Regina e Mario Quintana, a Discoteca Pública Natho Henn, as Galerias Xico Stockinger e Sotéro Cosme, os teatros Bruno Kiefer e Carlos Carvalho, além de três salas de cinema, cafés, bombonière, livraria e inúmeras salas com destinações específicas e outras tantas de uso múltiplo.

Em 2002, instalou-se no terraço do quinto andar da CCMQ o Jardim José Lutzenberger, em homenagem ao ambientalista falecido naquele ano. O jardim reúne espécies de plantas dos banhados, dos desertos, das pradarias e dos trópicos. Os vasos e as banheiras do antigo hotel Majestic, antes inutilizados, ganharam serventia para ajardinar o espaço.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Para esta sexta-feira 13, 13 pompons!!!

Kamel na criativa intervenção Artística de Letícia Matos.
[http://13pompons.tumblr.com/]



Bem em frente a Casa de Cultura Mario Quintana [antigo Hotel Majestic], no poste que indica "Museu". Belíssimo trabalho! Adoramos este bicicletário imaginário!





quinta-feira, 12 de julho de 2012

"Todos que aí estão...

Atravancando meu caminho,

Eles passarão...
Eu passarinho!
"


...Mario Quintana
[Poeminho do Contra-Prosa e Verso, 1978]


Monumento a Mario Quintana, na Praça da Alfândega
de Porto Alegre, obra de Xico Stockinger.



[Inaugurada no dia 26 de outubro de 2001 - Originalmente, a escultura
estava acompanhada da figura de Carlos Drummond de Andrade].


Saiba um pouco mais sobre o nosso Poeta Mario Quintana:

Mario de Miranda Quintana [Alegrete, 30 de julho de 1906 — Porto Alegre, 5 de maio de 1994] foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro.

Mario Quintana era filho de Celso de Oliveira Quintana e de Virgínia de Miranda, fez as primeiras letras em sua cidade natal, mudando-se em 1919 para Porto Alegre, onde estudou no Colégio Militar, publicando ali suas primeiras produções literárias. Trabalhou para a Editora Globo, quando esta ainda era uma instituição eminentemente gaúcha, e depois na farmácia paterna.

Considerado o "poeta das coisas simples", com um estilo marcado pela ironia, pela profundidade e pela perfeição técnica, ele trabalhou como jornalista quase toda a sua vida. Traduziu mais de cento e trinta obras da literatura universal, entre elas Em Busca do Tempo Perdido de Marcel Proust, Mrs Dalloway de Virginia Woolf, e Palavras e Sangue, de Giovanni Papini.

Em 1953, Quintana trabalhou no jornal Correio do Povo, como colunista da página de cultura, que saía aos sábados, e em 1977 saiu do jornal.

Em 1940, ele lançou o seu primeiro livro de poesias, A Rua dos Cataventos, iniciando a sua carreira de poeta, escritor e autor infantil. Em 1966, foi publicada a sua Antologia Poética, com sessenta poemas, organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, e lançada para comemorar seus sessenta anos de idade, sendo por esta razão o poeta saudado na Academia Brasileira de Letras por Augusto Meyer e Manuel Bandeira, que recita o poema Quintanares, de sua autoria, em homenagem ao colega gaúcho. No mesmo ano ganhou o Prêmio Fernando Chinaglia da União Brasileira de Escritores de melhor livro do ano. Em 1976, ao completar setenta anos, recebeu a medalha Negrinho do Pastoreio do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 1980 recebeu o prêmio Machado de Assis, da ABL, pelo conjunto da obra.

 Vida pessoal

A Casa de Cultura Mario Quintana, antigo Hotel Majestic.

Mario Quintana não se casou nem teve filhos. Solitário, viveu grande parte da vida em hotéis: de 1968 a 1980, residiu no Hotel Majestic, no centro histórico de Porto Alegre, de onde foi despejado quando o jornal Correio do Povo encerrou temporariamente suas atividades, por problemas financeiros e Quintana, sem salário, deixou de pagar o aluguel do quarto. Na ocasião, o comentarista esportivo e ex-jogador da seleção Paulo Roberto Falcão cedeu a ele um dos quartos do Hotel Royal, de sua propriedade. A uma amiga que achou pequeno o quarto, Quintana disse:

"Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas".

Essa mesma amiga, contratada para registrar em fotografia os oitenta anos de Quintana, conseguiu um apartamento no Porto Alegre Residence, um apart-hotel no centro de Porto Alegre, onde o poeta viveu até sua morte. Ao conhecer o espaço, ele se encantou: "Tem até cozinha!".

Em 1982, o prédio do Hotel Majestic, que fora considerado um marco arquitetônico de Porto Alegre, foi tombado. Em 1983, atendendo a pedidos dos fãs gaúchos do poeta, o governo estadual do Rio Grande do Sul adquiriu o imóvel e transformou-o em centro cultural, batizado como Casa de Cultura Mario Quintana. O quarto do poeta foi reconstruído em uma de suas salas, sob orientação da sobrinha-neta Elena Quintana, que foi secretária dele de 1979 a 1994, quando ele faleceu.

Segundo Mario, em entrevista dada a Edla Van Steen em 1979, seu nome foi registrado sem acento. Assim ele o usou por toda a vida.

Faleceu em 1994 em Porto Alegre. Encontra-se sepultado no Cemitério São Miguel e Almas em Porto Alegre.

Em 2006, no centenário de seu nascimento, várias comemorações foram realizadas no estado do Rio Grande do Sul em sua homenagem.
Relações com a ABL

O poeta tentou por três vezes uma vaga à Academia Brasileira de Letras, mas em nenhuma das ocasiões foi eleito; as razões eleitorais da instituição não lhe permitiram alcançar os vinte votos necessários para ter direito a uma cadeira. Ao ser convidado a candidatar-se uma quarta vez, e mesmo com a promessa de unanimidade em torno de seu nome, o poeta recusou.
"Só atrapalha a criatividade. O camarada lá vive sob pressões para dar voto, discurso para celebridades. É pena que a casa fundada por Machado de Assis esteja hoje tão politizada. Só dá ministro."
...Mario Quintana

"Se Mario Quintana estivesse na ABL, não mudaria sua vida ou sua obra. Mas não estando lá, é um prejuízo para a própria Academia."
...Luís Fernando Veríssimo

"Não ter sido um dos imortais da Academia Brasileira de Letras é algo que até mesmo revolta a maioria dos fãs do grande escritor, a meu ver, títulos são apenas títulos, e acredito que o maior de todos os reconhecimentos ele recebeu: o carinho e o amor do povo brasileiro por sua poesia e pelo grande poeta e ser humano que ele foi…"
...Cícero Sandroni


Obra poética

 A Rua dos Cataventos - Porto Alegre, Editora do Globo, 1940
 Canções - Porto Alegre, Editora do Globo, 1946
 Sapato Florido - Porto Alegre, Editora do Globo, 1948
 O Aprendiz de Feiticeiro - Porto Alegre, Editora Fronteira, 1950
 Espelho Mágico - Porto Alegre, Editora do Globo, 1951
 Inéditos e Esparsos - Alegrete, Cadernos do Extremo Sul, 1953
 Poesias - Porto Alegre, Editora do Globo, 1962
 Caderno H - Porto Alegre, Editora do Globo, 1973
 Apontamentos de História Sobrenatural - Porto Alegre, Editora do Globo / Instituto Estadual do Livro, 1976
 Quintanares- Porto Alegre, Editora do Globo, 1976
 A Vaca e o Hipogrifo - Porto Alegre, Garatuja, 1977
 Esconderijos do Tempo - Porto Alegre, L&PM, 1980
 Baú de Espantos - Porto Alegre - Editora do Globo, 1986
 Preparativos de Viagem - Rio de Janeiro - Editora Globo, 1987
 Da Preguiça como Método de Trabalho - Rio de Janeiro, Editora Globo, 1987
 Porta Giratória - São Paulo, Editora Globo, 1988
 A Cor do Invisível - São Paulo, Editora Globo, 1989
 Velório Sem Defunto - Porto Alegre, Mercado Aberto, 1990
 Água - Porto Alegre, Artes e Ofícios, 2011
Livros infantis

 O Batalhão das Letras - Porto Alegre, Editora do Globo, 1948
 Pé de Pilão - Petrópolis, Editora Vozes, 1968
 Lili inventa o Mundo - Porto Alegre, Mercado Aberto, 1983
 Nariz de Vidro - São Paulo, Editora Moderna, 1984
 O Sapo Amarelo - Porto Alegre, Mercado Aberto, 1984
 Sapato Furado - São Paulo, FTD Editora, 1994
Antologias

 Nova Antologia Poética - Rio de Janeiro, Ed. do Autor, 1966
 Prosa & Verso - Porto Alegre, Editora do Globo, 1978
 Chew me up Slowly (Caderno H) - Porto Alegre, Editora do Globo / Riocell, 1978
 Na Volta da Esquina - Porto Alegre, L&PM, 1979
 Objetos Perdidos y Otros Poemas - Buenos Aires, Calicanto, 1979
 Nova Antologia Poética - Rio de Janeiro, Codecri, 1981
 Literatura Comentada - Editora Abril, Seleção e Organização Regina Zilberman, 1982
 Os Melhores Poemas de Mário Quintana (seleção e introdução de Fausto Cunha)- São Paulo, Editora Global, 1983
 Primavera Cruza o Rio - Porto Alegre, Editora do Globo, 1985
 80 anos de Poesia - São Paulo, Editora Globo, 1986
 Trinta Poemas - Porto Alegre, Coordenação do Livro e Literatura da SMC, 1990
 Ora Bolas - Porto Alegre, Artes e Ofícios, 1994
 Antologia Poética - Porto Alegre, L&PM, 1997
 Mario Quintana, Poesia Completa - Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 2005
Traduções

Dentre os diversos livros que ele traduziu para a Livraria do Globo (Porto Alegre) estão alguns volumes do Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust (talvez seu trabalho de tradução mais reconhecido até hoje), Honoré de Balzac, Voltaire, Virginia Woolf, Graham Greene, Giovanni Papini e Charles Morgan. Além disso, estima-se que Quintana tenha traduzido um sem-número de histórias românticas e contos policiais, sem receber créditos por isso - uma prática comum à época em que atuou na Globo, de 1934 a 1955.
Homenagens

O Manuel Bandeira dedicou-lhe um poema, onde se lê:
"Meu Quintana, os teus cantares Não são, Quintana, cantares: São, Quintana, quintanares. Quinta-essência de cantares… Insólitos, singulares… Cantares? Não! Quintanares! "

O pajador Jayme Caetano Braun, dedicou ao poeta a Payada a Mario Quintana, segue abaixo um trecho da poesia:
"Entre os bem-aventurados Dos quais fala o evangelho, Eu vejo no mundo velho Os poetas predestinados, Eles que foram tocados Pela graça soberana, Mas a verdade pampeana Desta minh’alma irrequieta, É que poeta nasce poeta E poeta é o Mario Quintana! "

Em Pelotas, há uma escola que recebera o mesmo nome do poeta em sua homenagem. Em Porto Alegre, o poeta dá nome a um bairro da Zona Norte e à linha de onibus correspondente.
Prêmio Jabuti

Em 1981 recebeu o Prêmio Jabuti de Personalidade Literária do Ano.


terça-feira, 10 de julho de 2012

Até logo, bicicletário!

De sete lugares para bicicletas, sobrou apenas um!



A Prefeitura está arrumando as calçadas no Largo Glênio Peres. Espero que os  seis suportes retirados retornem! São lindos e muito úteis!




No Jornal local, Zero Hora, do dia 19 de dezembro de 2010, a Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic),  afirmou que a idéia seria instalar estes bicicletários por toda a capital a partir de janeiro de 2011. 

Alguém viu estes bicicletários, no formato de cuias, em outros pontos da capital? Gostaria muito de visistá-los!


Saiba um pouco mais sobre o Largo Glênio Peres:

É um espaço público que está localizado no centro da cidade, em frente ao Mercado Público e à Praça XV de Novembro.

O nome do espaço é uma homenagem a Glênio Peres, jornalista, compositor, poeta, vereador na capital por vinte anos e vice-prefeito na gestão de Alceu Collares, e falecido em 27 de fevereiro de 1988.

Inaugurado em 1992, no local acontecem manifestações artístico-culturais e políticas. A pavimentação de 6.309 metros quadrados resgata o desenho que, na década de 1930, existia em frente ao prédio da prefeitura. O desenho é semelhante a um tapete persa, composto por lajotas em basalto cinza e pedras portuguesas, nas cores preto, branco e rosa. No Largo Glênio Peres também existe um bonde modelo J.G. Brill, utilizado na década de 1930.




segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sobrados

Lindos Sobrados preservados na Avenida Polônia, Bairro São Geraldo.



Eles foram restaurados e tornaram-se salas para alugar ou comprar.
Eu e a Kamel adoraríamos ter um atelier ali!!! heheh


Saiba um pouco mais sobre o Bairro São Geraldo:


Por volta de 1895, a ocupação do São Geraldo se tornou efetiva com os loteamentos e a abertura de vias pela Companhia Territorial Porto-alegrense. Dentre as avenidas criadas, destacam-se a Amazonas, a Bahia, a Brasil, a Pará, a Paraná, a Pernambuco e a Maranhão, todas com nomes de estados brasileiros e existentes até hoje. Naquele mesmo ano, a Carris implantou a linha de bonde São João no bairro.

Muitos dos moradores são descendentes de imigrantes italianos e alemães; isso porque estes imigrantes permaneceram no local nos finais do século XIX, após desembarcarem na estação de trem Navegantes, quando estavam indo rumo a Novo Hamburgo. A presença de tais habitantes deixou suas marcas no bairro, como a fundação da Sociedade Gondoleiros, um clube de lazer, em 1915.

A partir da década de 1940, Porto Alegre experimentou um momento de grande urbanização, ampliando e pavimentando avenidas, dentre as quais a Farrapos, que proporcionou ao São Geraldo e à sua região um maior desenvolvimento. Até os dias de hoje esta avenida representa a ligação do Centro com a área industrial da cidade.

Em 1949, seus moradores encaminharam um pedido de oficialização e delimitação do São Geraldo à Câmara de Vereadores de Porto Alegre, o que ocorreu com a Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959.


Características atuais

Atualmente, o São Geraldo é considerado um bairro que mescla características residenciais e comerciais. O bairro concentra, entre seus moradores, elevado número de descendentes de imigrantes italianos e alemães.


domingo, 8 de julho de 2012

Galeria da Rua Duque de Caxias...

...número 1743.  É onde sempre prendo a minha Kamel quando visito a galeria.


É um pequeno espaço cercado com grades, sem portão. Perfeito para bicicletas!

sábado, 7 de julho de 2012

Fecha a porta! Abre a porta!

 Abre-te Sésamo!... Raul Seixas


[Fica na Rua Mariante, próximo ao Parcão]
 
Sempre passei em frente a este estabelecimento de chaves e senti vontade de fotografar pela ironia de seu nome... hehehe





Toca Raul!




sexta-feira, 6 de julho de 2012

Pedaladas na Usina do Gasômetro

Onde iniciam os roteiros das pedaladas do grupo de ciclistas PedAlegre.
Um grupo bastante acolhedor e divertido, o qual eu e a Kamel frequentamos.


Saiba um pouco mais sobre o PEDALEGRE:
"Pedalegre é um híbrido de duas condições básicas nos nossos passeios: alegria e pedalada. O brinquedo com o nome da cidade reflete o tom de descontração - que todas as terças e quintas-feiras, perto das 20hs ali na Usina do Gasômetro, é a marca do grupo. Ciclismo é um esporte de baixo impacto estimulante da circulação e principalmente de convívio social. O grupo foi criado para reunir - num ambiente colaborativo, muitos diferentes por uma causa única: prazer em pedalar juntos. Esse é um espaço para todos e tem como objetivo de divulgar nossas ações, desfrute-o e colabore sempre que possível. Ah e não esqueça, faça um bem para os seus amigos: convide-os!
O PEDALEGRE tem dois tipos de passeios:

O mais tradicional PEDALIGHT - noturno: para quem está começando, com um trajeto sem altos relevos, uma velocidade bem baixa e percurso de - no máximo 25 km

O outro  "PEDAL DO ENTARDECER NO GASÔMETRO"  ocorre  aos  sábados, também com saída da Usina,  próximo  as  17hs  e tem como objetivo um passeio  pelas margens  do  Guaiba  em  um clima de descontração e alegria.



Façam o bem, pedalem muito e sejam felizes!


www.pedalegre.com.br


pedalegre@pedalegre.com.br"
 
[Fonte: McGyver]
 
 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Encontrei um bicicletário...

...na Rua Vieira de Castro!!!


[quase esquina com a Avenida Venâncio Aires, Bairro Santana]



Saiba um pouco mais sobre o Bairro Santana:


Santana é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Foi criado pela Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959.

O bairro recebeu este nome em homenagem à sesmaria de Santa Ana, área que Jerônimo de Ornelas ocupou ao vir para Porto Alegre, no século XVIII. Devido às frequentes inundações do arroio do Sabão, o bairro era pouco atraente para habitação, e nele moravam muitas famílias negras de baixo poder aquisitivo. No final do século XIX, a rua principal do Santana era a Rua dos Pretos Forros, que passou a se chamar 28 de Setembro a partir de 1871, em alusão à promulgação da Lei do Ventre Livre. A partir de 1885, passou a ser Rua Santana, como permanece até hoje.

O desenvolvimento do bairro ocorreu após a Guerra dos Farrapos. Em 1865, o então governador da província, o conde da Boa Vista, abriu uma via pública com seu nome, que possibilitou a instalação do prado da Boa Vista, valorizando a região.

A partir do século XIX, a urbanização de Porto Alegre trouxe ao bairro Santana a construção de uma ponte, a ampliação das ruas e a circulação da comapanhia de bondes Carris. Em 1931, foi construída a paróquia São Francisco de Assis.

Características atuais

O Santana é considerado um bairro residencial de classe média e heterogênea, que possui um comércio de pequeno porte, contando com bares e casas noturnas.


quarta-feira, 4 de julho de 2012

No cercado...

...de um bar na Rua Lima e Silva...


...Um outro ângulo para mostrar que dentro deste cercado
existe a escultura de uma pequena vaca... =]




terça-feira, 3 de julho de 2012

domingo, 1 de julho de 2012