Bicicletários Imaginários: Quase no alto...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Quase no alto...

...da Rua Ramiro Barcelos [no veaduto com a Rua Vasco da Gama - Bairro Bom Fim].





...Saiba um pouco mais sobre a Rua Ramiro Barcelos:

É uma antiga Rua da Capital. Já era mencionada em documentos oficiais de 1838 como Beco do Carneiro, em função de passar junto à chácara do comerciante Antônio Gonçalves Carneiro. Então se estendia entre as atuais rua Voluntários da Pátria e a avenida Cristóvão Colombo. Um segundo trecho, entre a Estrada dos Moinhos, atual avenida Independência, e o Caminho do Meio, atual avenida Protásio Alves, foi aberto em torno de 1846.

Na mesma época, a Câmara municipal considerou a utilidade de se prolongar o Beco do Carneiro para criar uma ligação entre a Várzea e a Estrada dos Moinhos, e mandou realizar o orçamento. O espaço foi cedido por particulares gratuitamente, sendo que um deles, Joaquim Moreira Júnior, foi contratado para construir as cercas de limite e preparar o leito da passagem, que foi denominada rua Dom Afonso, em homenagem ao primogênito do imperador Dom Pedro II. Por volta de 1853, após a morte de Carneiro, seu beco já era chamado popularmente de beco da Marcela, em referência a uma negra que vivia em uma de suas esquinas.

Entre a rua Dom Afonso e o beco da Marcela persistia ainda um grande espaço de morro não aberto. A ligação entre os dois trechos aconteceu a partir de 1855, quando Maria Máxima Lourenço de Carvalho doou os terrenos intermédios. A Câmara aceitou a doação e providenciou o cercamento e arborização do trecho. Pronta no mesmo ano de 1855, a ligação foi denominada Rua da Boa Vista, e a rua Dom Afonso por determinação da Câmara passou a ser chamada de rua do Guaíba, mas os nomes não se fixaram.

Em 1866 o beco da Marcela foi alargado em vinte palmos, e em 1881 todos os três trechos já eram chamados pelo nome único de rua Dom Afonso. Após a proclamação da República, em 12 de dezembro de 1889 o nome do logradouro foi alterado para rua Ramiro Barcelos, homenageando o ilustre médico e político riograndense. Os anais do município indicam a rua em 1892 como já bastante povoada, com 108 edificações térreas, cinco assobradadas e três sobrados. Entre os anos de 1906 e 1906 o trecho entre a Praça Júlio de Castilhos e a rua Tiradentes recebeu melhoramentos, e nos anos seguintes foi calçado. O prolongamento da rua Ramiro Barcelos até a avenida Ipiranga, sua extensão atual, só foi aberto na década de 1940, quando a circulação de veículos já se fazia intensa, tornando-a uma das principais vias de ligação transversal do centro da cidade.

Atualmente a rua possui vários edifícios importantes da capital gaúcha, entre eles o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Edifício Esplanada, o Planetário Professor José Baptista Pereira e algumas unidades de ensino da UFRGS, o Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho e a Igreja de Santa Teresinha.



 

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