Bicicletários Imaginários: Realizando sonhos na fonte...

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Realizando sonhos na fonte...

...A SAMARITANA, na Praça da Alfândega.



São anos rodeando o Monumento e Fonte "A Samaritana": por sua beleza, por sua linda história e por representar o símbolo do meu signo solar de aquário. Mas devo admitir que tinha medo de sacar a câmera fotográfica e clicar, por receio de sofrer alguma violência decorrente a um assalto, pois na sua volta sempre teve aquele "ar" latente de insegurança. Infelizmente é isso que ocorre quando os monumentos são abandonados, esquecidos... Ok, este foi o primeiro sonho!!!


O segundo foi mergulhar numa piscina de bolinhas coloridas!!! Quer situação mais revitalizante para um lugar, do que trazer a alegria de uma criança??? Não existe melhor!!! Foi isso que meu querido amigo Sandro Ka fez, em seu belíssimo trabalho do Curso de Mestrado em Artes Visuais, pela PPGA/UFRGS. Encheu a nossa Fonte da Samaritana de bolinhas coloridas!!! Realizou sonhos de vários adultos que ali passavam e trouxe de volta a nossa camponesa com o cântaro!!! Mesmo que este tenha sido um momento efêmero, nos fez pensar...  Ah, e que bicicletário imaginário!!! Até a minha bicicleta Sarah entrou na piscina da Alfândega para conferir!!! #piscinadaalfandega


Entrou, se emocionou...


...e se esparramou!!!hehehehehe :D

Parabéns Sandro Ka, por  este lindo incentivo à Cultura, à valorização dos nossos patrimônios, ao AMOR pela cidade e à ARTE!!! Gratidão!!! ADOROOOO!!! :D

Saiba um pouco mais sobre a estátua A Samaritana...

Primeiramente, A Samaritana foi realizada em 1925, pelo Artista Alfred Adloff, e foi instalada no espelho d'água da Praça Montevidéu, em frente a Prefeitura de Porto Alegre-RS. Ela é o retrato modelado "a figura de uma robusta camponesa, com feições nitidamente germânicas" (Arnoldo Doberstein, 2002). Ela seria apenas conhecida como a "Camponesa com o cântaro", mas devido a uma crônica de Leo Arruda, no Correio do Povo, ela foi  chamada de "A Samaritana com Ânfora", nome que ficou. Em 22 de dezembro de 1936, o então Deputado Federal e futuro Prefeito da Capital em duas oportunidades, José Loureiro da Silva, incluiu a estátua em um de seus discursos: "À frente da grande massa arquitetônica da Prefeitura de Porto Alegre, na vigília impassível e inofensiva, dos seus leões de mármore, existia, há pouco, [...] uma samaritana cansativa que, cansada talvez de sua postura bíblica, tirara do ombro o cântaro modesto da Samaria. A água dele corria, se espairava leve na bacia de granito sobre a lombada córnea de pacatos cágados que davam uma nota de graça e encanto à fonte simples[...]. " Em 1935, o conjunto foi translado para a Praça da Alfândega, com o objetivo de dar lugar à Fonte de Talavera. Em processo de deterioração, ela foi retirada em 2002 e foi substituída por uma cópia da mesma.

[Fonte do livro do meu querido professor: Alves, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre.]




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